Mateus 18.6 "Entretanto, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar".
Este texto fala de uma pedra que era usado pelas mulheres.
Engenho simples, que geralmente consiste em duas pedras circulares (uma sobreposta à outra), entre as quais se moem diversos tipos de cereal, comestíveis, debulhados, para transformá-los em farinha. Tais dispositivos eram usados desde os primitivos tempos patriarcais, pois a esposa de Abraão, Sara, fez bolos redondos à base de “flor de farinha”. (Gên 18:6)
Usualmente eram duas as mulheres que operavam esta espécie de moinho manual. (Lu 17:35) Sentavam-se de frente uma para a outra, as duas com uma mão na manivela para fazer girar a mó superior. Uma das mulheres, com a mão livre, colocava o cereal para moer, em pequenas quantidades, na abertura da mó superior, ao passo que a outra recolhia a farinha à medida que saía da borda do moinho e caía na bandeja ou no pano estendido por baixo do moinho.
No Oriente Médio, o costumeiro moinho manual dos tempos antigos consistia em duas pedras redondas, sendo a mó superior ajustada para girar sobre a inferior. (De 24:6; Jó 41:24) Atualmente, a mais pesada pedra inferior costuma ser de basalto, e freqüentemente tem uns 46 cm de diâmetro e de 5 a 10 cm de grossura. Um pino fixo no centro da pedra inferior serve de eixo para a mó superior. A superfície moedora da pedra inferior, estacionária, é convexa, permitindo que a farinha saia pelo perímetro da mó. A superfície inferior, côncava, da mó superior ajusta-se à superfície da pedra de baixo. Uma cavidade em forma de funil, no centro da pedra superior, acomoda o pino e serve também para colocar os grãos no moinho. Perto da borda da mó superior há uma cavidade na qual se insere um pau, que serve de manivela para a mó superior.
As Escrituras falam também de moinhos maiores. Jesus Cristo mencionou “uma mó daquelas que o burro faz girar” (Mt 18:6), que talvez fosse similar àquela que o cego Sansão foi obrigado a girar para os filisteus, quando “veio a ser moedor na casa dos presos”. — Jz 16:21.
Durante o ataque de Abimeleque à cidade de Tebes, “certa mulher jogou uma mó superior na cabeça de Abimeleque e quebrou-lhe o crânio”. (Jz 9:50, 53; 2Sa 11:21) Em Revelação (Apocalipse), a repentina e derradeira destruição de Babilônia, a Grande, é comparada ao lançamento no mar de “uma pedra semelhante a uma grande mó”. — Re 18:21.